Mercedes Classe E

Foram divulgados mais detalhes do novo modelo alemão que, tal como já tínhamos referido quando o apresentamos em primeira mão em Portugal no início de Dezembro, não acrescenta nada de novo ao segmento médio.
A receita é a mesma, apostar na robustez e num design de continuidade e conservador que o mercado não está para grandes riscos, e quem quiser mais arrojo pode sempre escolher um CLS.

Ficamos assim com um modelo perigosamente maior que o classe C e mais pequeno que o classe S, onde a frente difere timidamente com faróis duplos em forma de diamante, e a maior diferença está na traseira, mas ainda por cima para pior porque é a mais feia dos três... de resto saiu tudo da mesma fórmula. Não traz nada de novo...
Cresceu 12mm em comprimento, mede agora 4868mm, tem uma largura de 1854mm, mais 32mm que anteriormente, e até cresceu na distância entre eixos agora com 2874mm (mais 20mm) mas perdeu 13mm em altura com 1470mm na fita métrica. Mas não traz nada de novo...
Como podemos ver pelas imagens, existem certas diferenças entre os modelos Elegance e Avantgarde, com o primeiro mais clássico e com mais cromados e faróis de nevoeiro duplos e madeira no interior, enquanto que o segundo é mais desportivo com faróis de nevoeiro em LED, interior em alumínio e jantes de 17’’. Tal como a Mercedes faz nas outras gamas, não traz nada de novo...

Resta-me falar agora dos motores que já existem nas outras classes referidas, como é normal acontecer, mas há limites.
A BMW por exemplo, no Série 5 tem o mesmo 2 litros diesel que no Série 3, mas recusa-se a disponibilizar a motorização do 318d... uma questão de prestígio da gama. Também não disponibiliza a do 123d, quem quiser potência equivalente tem o 525d de 6 cilindros... é mais suave. A versão mais potente é um V10, no série 3 é um V8... há que separar as águas.
A Mercedes não faz isso, e disponibilizar a versão E200 CDi com 135cv é inaceitável. Já nem falo da potência para um carro tão grande, refiro-me apenas ao prestígio. Um Classe E pertence à gama média/alta e quem não tiver dinheiro para comprar um E220 CDi, então que compre um C180 e ofereçam uma bandeira para mostrar a toda a gente que tem um Mercedes. Não é por acaso que o Classe S não tem o mesmo 2,2 litros mas na versão de 204cv, por muito bom que seja o motor... quer dizer, não tem ainda... já nada me espanta.

Falemos então dos motores disponíveis. O novo bloco diesel de 2,2 litros, com tecnologia BlueEfficiency, que reduz emissões e consumos, será proposto na já referida variante E200 CDi com 135 cavalos (139 g/km de CO2), E220 CDi com 170 cavalos (139 g/km de CO2) e E250 CDi com 204 cavalos de potência (159 g/km de CO2). A oferta de motores diesel é complementada com o E350 CDi BlueEfficiency, com 231 cavalos de potência, 540 Nm de binário máximo e 179 g/km de emissões poluentes.

Ao nível das motorizações a gasolina, a oferta vai contemplar três blocos com injecção directa a gasolina, o E200 CGi BlueEfficiency de 184 cavalos (159 g/km de CO2), o E250 CGi BlueEfficiency com 204 cavalos (174 g/km de CO2), o E350 CGi BlueEfficiency com 292 cavalos (199 g/km de CO2). No topo da gama temos o E500, capaz de extrair 388 cavalos e 530 Nm de binário do seu motor V8 (256 g/km de CO2) e haverá uma versão AMG63 com 550cv. As variantes mais potentes E350 CDi, E350 e E500, podem receber a transmissão às quatro rodas 4MATIC.
O novo Classe E está previsto chegar em Março, mas para os mais pacientes aconselhamos que aguardem pelo novo BMW Série 5, que mostramos imagens, uma a computador outra oficial da nova grelha frontal, e para os mais impacientes, aconselhamos sem dúvida o Jaguar XF cuja nova versão Diesel S apresentaremos brevemente.

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