Jaguar XF Diesel S

Para não pensarem que somos fundamentalistas ou temos alguma coisa contra os diesel vamos falar do novo Jaguar XF Diesel, ficando o XFR com 510cv para daqui a uns dias, com um rival americano.
Quando foi apresentado em 2007 o Jaguar XF trouxe de volta à marca inglesa, então controlada pela Ford, o glamour e sofisticação do passado, colocando-se logo à partida no topo do design do segmento médio, mas ainda não era o concorrente à altura dos alemães, faltando a alma que às vezes faz toda a diferença... aquele motor especial.

Nas mãos dos indianos da Tata desde a Primavera de 2008 (como o destino é irónico às vezes), a Jaguar prepara-se para ser um caso sério no referido segmento. Com o lançamento do já referido V8 com compressor e 510cv mas principalmente com a versão diesel, que mesmo em Inglaterra representou 70% das vendas em 2008, os novos V6 de 3.0 litros turbo e bi-turbo irão colocar em sentido a Audi, BMW e Mercedes.
Comecemos então pelo design. Para além de muito mais bonito que o A6 e série 5, o XF foi um verdadeiro passo em frente em relação ao antecessor S Type, o que não sucedeu com o novo Classe E, como referimos nas nossas reportagens da sua apresentação. Com linhas desportivas e fluidas, a traseira vista de perfil traz à memória o fantástico Aston Martin V8 Vantage, sendo o resultado final quase um coupé de quatro portas... soberbo.

Como se não bastasse ser mais atraente, o XF é bem mais exclusivo, porque na versão diesel menos potente, ao contrário dos dois litros de quatro cilindros dos alemães, a Jaguar disponibiliza o V6 de 2993cc com 240cv com turbo de geometria variável, um binário de 500 Nm às 2000rpm, uma aceleração dos 0 aos 100km/h em 7,1 segundos, velocidade máxima de 240km/h, tracção traseira, consumo médio de 6,8 l/100km e um preço de 72.073€.

Mas a nova estrela é o Diesel S, com o mesmo motor mas com dupla sobrealimentação paralelo-sequencial, uma estreia em motores com arquitectura em V, existindo uma conduta transversal que reencaminha os gases de escape para o turbo maior, mas ao contrário do 3.0 da BMW equipado com um turbo de geometria variável mais pequeno para os baixos regimes, e um maior para os médios e altos regimes, o Jaguar utiliza um turbo de geometria variável de maior capacidade para os baixos regimes, e a partir das 2800rpm entra em acção um turbo de geometria fixa de menores dimensões, numa acção que demora 300 milisegundos conseguindo assim uma maior contenção nos consumos.
Segundo a marca “indiana” o turbo lag é quase inexistente, e com o sistema common rail de 3ª geração, com uma pressão máxima de 2000 bar, os novos injectores piezo garantem uma queima de combustível optimizada, melhor insonorização e emissões reduzidas, com 179 g/km de CO2.

Como resultado temos o melhor de dois mundos, uma potência de 275cv com um binário de 600 Nm às 2000rpm, uma aceleração dos 0 aos 100km/h em cerca de 6 segundos, velocidade máxima limitada aos 250km/h e um consumo de... os mesmos 6,8 l/100km do irmão. Só o preço é um pouco superior, 75.413€ para ser mais preciso.
A esta hora os engenheiros da Porsche devem de estar a preparar uma versão muito especial do 3.0 TDI para o Panamera... é bom que o façam porque ainda vão a tempo, porque no design...
Mas também convenhamos... ao lado deste Jaguar até o CLS parece um Seat Superb...

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