Aston Martin One-77

A Aston Martin apresentou em Genebra a primeira unidade do One-77, concebido para personificar o expoente máximo da marca na manufactura e engenharia automóvel.

Que o One-77 tem este nome porque terá uma produção limitada de 77 unidades e que era deslumbrante já tínhamos dito, não sabíamos era que a obra prima se estendia para o interior e pelas imagens arriscamos mesmo a dizer que deviam de trocar os painéis de fibra de carbono da carroçaria por painéis de acrílico transparente para assim se prestar a devida homenagem a tanta tecnologia de competição.

Comecemos pelo motor colocado na frente mas atrás do eixo dianteiro, uma evolução do V12 de 6.0 litros utilizado no DBS e no V12 Volante, mas trabalhado pela Cosworth. Tem agora 7.3 litros uma potência ainda não confirmada a rondar os 750cv mas no entanto é 25% mais leve que o referido 6.0 que lhe dá origem... no mínimo notável.

Se a este nível de potência lhe juntarmos um chassis monocoque de fibra de carbono desenvolvido em parceria com a Multimatic (MTC), líderes mundiais em tecnologia de compósitos de carbono, análise avançada de veículos e simulação dinâmica, e uma carroçaria também neste material e em alumínio, teremos um peso total que não excederá os 1500kg.

A marca britânica anuncia assim uma aceleração dos 0 aos 100km/h em cerca de 3,5 segundos e uma velocidade máxima de mais de 320km/h. Já estamos habituados a estes números, mas há mais... há muito mais.

“Power is nothing without control”... ainda hoje me lembro do anúncio da Pirelli com este slogan e a imagem de um sprinter, de seu nome Carl Lewis, prontinho para arrancar para os 100 metros... mas com sapatos de tacão alto.

Muito bem... basta olhar para as fotos das entranhas do One-77 para ficarmos literalmente de boca aberta. Para além do chassis ultra leve e resistente este super-desportivo terá tracção traseira, uma caixa de velocidades sequencial de 6 relações e todo um conjunto de soluções para ajudar ao comportamento que só encontramos em modelos de competição nomeadamente nas corridas DTM... e não estou só a falar do massivo difusor traseiro que até serve de camuflagem às quatro saídas de escape.

Observemos a suspensão que ao contrário da normal disposição vertical, os amortecedores e as respectivas molas terão quer na frente quer na traseira disposição horizontal. Esta tecnologia retirada directamente da competição permite uma redução das massas não suspensas cortando a resistência das rodas à movimentação vertical, condição ideal para curvas e contracurvas em potência, rápidas mudanças de direcção ou travagens em apoio. Reparem que a estrutura em alumínio da traseira tem quatro amortecedores. Quase que seria escusado referir que a suspensão é totalmente ajustável, podendo ir desde um setting para longas viagens à Gran Turismo, a um setting de competição para umas voltas em Nürburgring.

O mais rápido e potente Aston de sempre contará com a ajuda de travões de cerâmica e virá também muito bem calçado, com uns Pirelli P Zero Corsa 255/35 ZR20 na frente e 335/30 ZR20 na traseira desenvolvidos especificamente para este modelo.

Só falta apresentarem o interior mas não duvidamos que será o culminar da excelência da elegância e inovação preeminente que esta Motor Machine representa.
Penso que vamos ter de mudar o símbolo do nosso blog...
Mas não é com este... é com o próximo que vamos apresentar.


P.S: E agora? Também já se lembra?...

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